Crônica
Máquina do tempo
Quando escrevo, nada mais importa; o mundo lá fora perde o sentido. As palavras minhas vão percorrendo o papel como o líquido que se esparrama pela mesa de um copo que acaba de virar. O tecido do espaço tempo faz uma curva e a cada frase que desabrocha algo dentro de mim revive.
É a pele arrepiada ao ouvir uma música gostosa, uma prece atendida ou, quem sabe, o perfume da pessoa amada. O tempo se comporta diferente e cada olhadela no relógio me faz acreditar que há um portal para o futuro quando estamos imersos no que faz o nosso coração pulsar.