Resenha

Leituras que mudaram algo em mim

dezembro 24, 2024 · Pedro K. Calheiros

Boas festas! Espero eu, caro leitor, que esteja a aproveitar os últimos dias de 2024 ao lado das pessoas que ama – e que, diante do caos que é estar com a família reunida nessa época, possa encontrar algum tempo para desfrutar de um bom livro.

Se está aberto a leituras novas, devo dizer que encontra-se no lugar certo; separei três títulos da minha lista de livros lidos esse ano para indicar. Espero que, de uma forma ou de outra, eles também mudem a vida de vocês como, de alguma forma, mudaram a minha.

Uma das minhas metas esse ano – e que, devo dizer, cumpri com orgulho – foi a de ler, no mínimo, 50 páginas por dia. Algo que, a priori, parece assustador, mas, quando vi a quantidade de tempo de tela que meu iPhone mostrava, pensei que fosse não apenas uma meta realista, mas que iria me render bons dividendos.

É claro que nem sempre consegui ler 50 páginas (às vezes lia 30 ou 40), mas, no fim do ano, acabei com o saldo de 51 livros lidos. Um pouco de tudo li: Investimentos, espiritismo, romance policial, literatura brasileira, crônica e, principalmente, livros sobre direito e política.

A minha última leitura do ano e a primeira indicação a vocês é “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas. O romance histórico conta a história de um jovem de 20 anos, proveniente da Gasconha, D’Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. O livro fala sobre política, amizade e, atento às entrelinhas, o leitor aprende muito sobre os subterfúgios do poder e sobre as virtudes dos bons amigos como a lealdade. No momento que escrevo esse artigo, ainda não concluí a obra; tudo me leva a crer, sem medo de arriscar, que a indicação presente, dada o estado avançado da minha leitura, será tão boa ao leitor que me acompanha quanto está sendo para mim.

Dos livros que li, o gênero de 2024 foi o romance policial e, de todas as obras, a que mais me encantou foi “Um corpo na banheira”, de Dorothy L. Sayers. O nosso protagonista é o Lord Peter que, entediado, se dá a veneta de resolver mistérios que a própria polícia se vê com algum imbróglio para resolver. O livro é repleto de humor e, na edição de luxo da Harper Collins, tem um gostinho especial de se ler ao lado de um bom café.

“O homem que matou Getúlio Vargas”, de Jô Soares, é a última indicação. Veja bem, caro leitor, perdoe-me a minha insistência com o romance policial; foi o gênero, em defesa minha, que foi responsável pelo meu interesse pela literatura. A obra conta a história de Dimitri, um personagem baixinho, desajeitado e que, à guisa de ser escrito por quem foi, é o responsável por dar a atmosfera humorística à obra. O livro me arrancou boas gargalhadas e, caso esteja surpreso, sim, além de apresentador, nosso querido Jô Soares (1938-2022) também era escritor!

Boas festas, caro leitor! Que, diante do caos da vida, a literatura esteja sempre a nos deliciar.