Publicações

Néctar

Não vislumbro a poesia. Que não tenha fincada. Em suas raizes o doce Néctar dos teus beijos.

Primeira vez

Como se fosse a primeira vez,tu vieste em meus braçosa dizer que, num talvez,tu enfim serias minha. Tão perfeita e pequenina,nessa rua tão sozinha,juntos a andar sem rumo — para onde?Lá no fundo, o sol se esconde,ansioso para te ver. Bar e restaurante Garota de Ipanema, Rio de Janeiro.

Um quê de ti

Veio na memóriaresquício de um tempo bom…O cheiro do café matutinoa invadir o quarto às seis;junto, o perfume de um velho amora insistir em vir à tona,como uma velha lembrança,como uma saudadeque esqueceu de ser sentida.

Pequenez

A tua ausênciafez-me percebero quão sou pequeno. A saudade nãocabe em poema;não cabe no coração;não cabe no meu peitoa fingir te esquecerpara preservar o poucoda sanidade que me restou. Não cabe em poema a dor.Não.Cabe.

Memória

Guardo teu perfume na memória,e a saudade, num lugar nobre do peito.Todo desejo de te ter, enfim,aumenta a vontade de te querer para mim. Meu corpo, distante do teu,não rima direito com o meu pensar.Saudade, menina, do teu beijo,do doce mistério que habita o teu olhar.

Canção

Repousa quietano peito meu.Esquece o lirismoque se esconde no abismodeste poeta que se diz teu. As cartas estão na mesa…Sem poema, nem tristeza;só o vazio na almaque, junto do teu seio,alberga o peito meu.

Soneto de janeiro

Nada de bom se faz sob as estrelas,quando a luz invade a cama e os lençóis;já foram perdidas todas as estribeirasno meio dessa bagunça aqui na foz. Resquício do nosso amor é a saudadee o desejo de tê-la sem maldade,no quarto que bem conhece a tua voze a guarda mais que todos nós, em nós. […]

Valsinha de carnaval

Faz papel de bobo(Seu louco) Faz papel de rei(Mas, ei) Um poema pra namorada(Que nada) Mas beijo rolou(Hum, amour)

Ainda procuro nos horizontes o teu olhar

Tem uma taça de vinho,a essência de que tanto falo;um poema do Viniciuse um conto do Machado. Preciso-te nesse instante.Alguém sabe em que valeesqueci o teu semblante? As ruas vão-se tristes e tortas,e, quando toco o teu coração,sinto os lábios frios e as mãos mortas.

Poesia

Quando osseios delaperdem-senas ondasdos cabelos.

Lapsos de saudade

Tua ausência, menina,deixa-me um pouco diferente;uma alma alegre, poética e contenteperde todo o encanto e a felicidadequando, em meio ao dia, devaneiaem lapsos breves de saudade.