Publicações

Maria Luiza

Meus versos, em festa,desejam a ti a loucura dos poetas,porque a eloquência das musasa tua lírica tem de sobra. Tua luz é clarão que ecoanas rimas, nos sorrisos,nos cantos da existênciaem que deixaste um pouco de ti. Se hoje a minha poesia te cantaé porque regaste, sem saber, a sementeque agora floresce em melodiaa transbordar […]

Desfecho

Ora, que loucura, um mundo em que já não mais te quero; um mundo em que já nem penso em ti. E, como de costume, a tua ligação quando já estou bem, a verificar se já te esqueci.

Ponto de vista

Tua eloquência acendeu a chamahá algum tempo já apagada;meu lado poeta ressurgiuao som da tua risada. A cada olhar, em rima rica,minha alma versificateus detalhes de cigana,teus trejeitos de mulher. Teu colar sobre o teu seio,um convite ao devaneio;a pensar nesse mistério,fogo árduo da paixão. A pele arrepia a cada toque,um enlace, um desabroche;minha mão […]

Soneto da esperança

Transborda sempre o teu amável coração,nos teus escritos tão cheios de carícia;como poderia o louco amor meuviver num mundo que não fosse o teu? Há qualquer coisa nessa imensa escuridãoque nunca traz a nós boa notícia;mas o teu canto me ofereceuuma calmaria que depois se perdeu. Nesse momento de dor e tristeza,a tua saudade vem […]

Francisco Calheiros

A saudade vem, ela vai.A única certeza é que vejo uma luz,dentre tantos sons, um sussurro qualquer:“Sejas firme e forte!”Percebo, é verdade, sou um homem de sorte;tive o melhor pai do mundo.

Pela luz dos olhos meus

Eu te levarei a museus, a saraus de poesia,a teatros, monumentos e a lugares recheados de arte,porque eu quero que tu entendas, inebriada por tanto encanto,um pouco do que sinto quando o meu olhar encontra o teu.

Motivo

Não quero saber do lirismoque não seja recheado da artede te amar devagarinho. Não quero saber do lirismoque não tenha meu coração partidotoda vez que eu fico sozinho. Não quero saber do lirismoque não traga, em meus versos,um pouco de solidão. Não quero saber do lirismoque não tenha, em sua essência,teu sorriso como motivo da […]

Jô Soares

Não entendi a tua morte.A partida, ainda que velha amiga,sempre vem trajada diferente. Um país inteiro sentirá tua falta;teu legado, porém, está escrito.Admirado, serás sempre lembrado. Dominavas a arte de impressionar;com elegância, sabedoria e sensatez,Jô Soares é imortal por tudo o que fez.

Sambinha pra Portela

Nunca gostei de samba,mas, quando conheci a Portela,o meu mundo mudou.Senti um alumbramento,forte encantamento,a avenida parou. Ela tem um quê de artedifícil até de explicar;não há quem segure a caneta,de tão inspirado o poetaantes, durante e depoisda alegoria passar.

Despedida

Quando descobri as curvas do teu corpo, eu era apenas um menino;encantado, pouco sabia qual era a direção certa,bobo a cada pequena e sutil descoberta;teus ânimos de prazer eram o motivo do meu desatino. Não tivera eu querido dizer palavra tão pouca;motivo do teu escárnio eram verdades por dizer.Mal sabes que, a continuar assim, serás […]

Partida

Eu queria querer ficar,não partir, com a minha partida,o teu já tão partido coração.Eu queria, deveras, amar,não transformar em mais dorum livro ainda em criação. A história que aqui encerro foi bela e divertida,daquelas em que os livros se passamem famosas avenidas,onde tudo é um frenesi de felicidade e levezaa transpor, em versos, a essênciado […]