Crônica
Apartamento
Hoje eu coloquei um vaso grandão na sala de estar. Enquanto passava o aspirador de pó no apartamento, uma música tocava no fone de ouvido; por alguns instantes eu estava imerso num mundo só meu.
Tomei café da manhã sem pressa. Bolinhos de um peixe amazônico cujo nome não me lembro foram a entrada; depois, uma tapioca simples. A fome não veio. A inspiração, sim. O suco de laranja estava ralo.
Ultimamente tenho tido um pensamento de cada vez. Estranho é esse sentimento de tomar consciência do mundo; parece que, no fim, a cor mais certa é amarela, o ar condicionado no 17, a tevê ligada e o mesmo filme é exibido pela décima nova vez.