Poema

Despedida

junho 22, 2022 · Pedro K. Calheiros

Quando descobri as curvas do teu corpo, eu era apenas um menino;
encantado, pouco sabia qual era a direção certa,
bobo a cada pequena e sutil descoberta;
teus ânimos de prazer eram o motivo do meu desatino.

Não tivera eu querido dizer palavra tão pouca;
motivo do teu escárnio eram verdades por dizer.
Mal sabes que, a continuar assim, serás sempre a louca,
transpassada, um alguém para se esquecer.

A rir de tudo agora, já passada a tempestade,
longe do teu beijo e da tua gasta hipocrisia,
refaço meu castelo de cartas para a nova majestade,
dona dos meus versos e da minha sincera poesia.

O coração, em paz e aliado da verdade,
a te bem dizer a quem quer que seja,
já não navega em ondas rasas de saudade,
desejando as melhores coisas onde quer que estejas.